Hoje, gostaria de explorar o conceito de vitimização e sua habilidade de nos envolver em um véu de dramatização, transformando cada situação em algo carente de autenticidade.
Em certas ocasiões, acordo imerso na sensação de ser uma vítima, onde nada parece estar adequado, e tudo adquire tons amargos, fazendo a vida perder sua essência, cor e vitalidade. Nestes momentos, é como se a citação mencionada ganhasse vida em minha própria experiência. No entanto, admito que essa mentalidade não contribui para a minha jornada, apenas me lança em um abismo de desânimo e uma existência vazia, cheia de incertezas e lamentações. Nestes períodos, as oportunidades de dizer “sim” são escassas, e a escuridão parece predominar.
No entanto, ao emergir dessa abismo emocional e optar por confrontar essa tendência, decido não permitir que o dilema da tristeza interminável me prenda. Aparece então uma compreensão de que há muito a viver, e com essa percepção, elevo-me acima destas emoções sufocantes. Alço voo em direção a um espaço mais elevado, onde posso contemplar o sol radiante e apreciar a dança das aves, encontrando a beleza intrínseca da vida.
Neste espaço, transcendo a posição de vítima e me assemelho mais a uma rosa resplandecente, cheia de vitalidade. Vou além do amor que trago em meu âmago, adentrando as profundezas das verdades que habitam em mim, revelando a alegria que também faz parte de mim.
Olho para o meu ser com ternura e compaixão, compreendendo que a desolação e a ausência de paz não conduzem a um destino desejável. Reconecto-me com o meu eu autêntico, onde posso experimentar plenitude e cultivar a minha própria felicidade. Opto por vivenciar a realidade que me cerca, deixando para trás as fantasias que ocasionalmente se entrelaçam em minha mente.
Neste ciclo de autorreflexão e autodescoberta, reafirmo a minha determinação em não me perder nas armadilhas da vitimização. Em vez disso, escolho florescer como a rosa que sou, uma entidade capaz de enfrentar os desafios com força e resiliência, e de encontrar alegria nas pequenas belezas da existência. É nesta jornada de autotransformação que deixo de desempenhar o papel de vítima e me abraço como o autor da minha própria narrativa, guiando-me em direção a um lugar de significado e autenticidade.
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